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Estado

Audiência pública defende investimentos públicos no carnaval

Publicado em 19/10/2017 ás14:00

Fábio Queiroz/Agência AL

Foto: Fábio Queiroz/Agência AL

A captação de recursos via Lei Rouanet é uma das alternativas encontradas pelas escolas de samba de Florianópolis para enfrentar a drástica redução no repasse de recursos públicos para a realização dos desfiles de carnaval na Capital. A necessidade de buscar dinheiro na iniciativa privada, aliada à possibilidade de conquistar mais recursos junto aos municípios e ao governo estadual, foi discutida em audiência pública realizada pela Comissão de Turismo e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, na noite de terça-feira (17), no Palácio Barriga Verde. No encontro, a entidade que representa as escolas de samba na Capital catarinense defendeu os investimentos públicos nos desfiles.

Conforme o deputado Nilso Berlanda (PR), que solicitou a audiência, o objetivo é encontrar alternativas para enfrentar os problemas de financiamento do carnaval, que se agravaram desde que o Estado e várias prefeituras passaram a reduzir ou até zerar os recursos destinados para os desfiles das escolas de samba, em virtude da crise econômica. Berlanda explicou que a realização do debate foi um pedido da Liga das Escolas de Samba de Florianópolis (Liesf), preocupada com a redução dos recursos públicos.

“É importante que o carnaval ocorra, mesmo com a redução do dinheiro público. Esse evento atrai pessoas para Florianópolis e para outros municípios do estado, como Joaçaba. Nosso objetivo é verificar como fazer um carnaval com poucos recursos”, disse o deputado.

O presidente da Liesf, Fábio Botelho, defendeu os investimentos públicos no carnaval. Para ele, aplicar recursos na cultura popular é um dever do Estado. Além disso, o trabalho desenvolvido pelas escolas de samba traz uma série de benefícios para comunidades carentes. “O carnaval não é apenas na hora do desfile. É um trabalho que dura o ano todo, gerando emprego, renda, tirando crianças da rua. É uma cadeia produtiva importante”, afirmou.

O dirigente destacou que a liga tem buscado recursos junto à iniciativa privada, por meio da Lei Rouanet ou por patrocínios diretos. Mas defende que o investimento público no carvanal seja encarado como aplicação de recursos em cultura popular. “Não podemos ser culpados pela falta de recursos para a educação, para a saúde. Esses recursos têm sua garantia na Constituição, mas a cultura também tem sua obrigatoriedade constitucional”, disse.

Francisco dos Anjos, secretário-adjunto de Estado do Turismo, Cultura e Esporte, também defendeu os investimentos públicos no carnaval catarinense. Para ele, a festa não deve ser encarada apenas como importante para o turismo, mas, também, para a cultura. Ele reconheceu, porém, que o modelo de financiamento 100% público está superado.

“O carnaval é um aspecto cultural muito forte em várias cidades e é importante que o Estado esteja presente não só financeiramente, mas com outros mecanismos para fomentar essa atividade”, declarou. “Ocorre que o modelo 100% público se esgotou. Por isso, a relação com a iniciativa privada é fundamental.”

O carnavalesco Paulo Trindade afirmou que a Liesf tem desenvolvido um bom trabalho no levantamento de recursos pela Lei Rouanet e defendeu que as escolas de samba se envolvam mais na busca outros meios de financiamento para não depender apenas do poder público. “Viemos também buscar o apoio da Assembleia Legislativa, do poder público como um todo, nessa causa”, disse.

Fonte: Agência AL

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