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Publicado em 07/06/2018 ás12:50
Os professores Anderson Andres e Diego de Carvalho, tiveram seu estudo publicado pela Federação Mundial de Badminton (BWF). A pesquisa científica, que foi financiada pela BWF, foi realizada em parceria entre a Associação Meio Oeste de Badminton, o Programa de Mestrado em Biociências e Saúde da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc) e o Centro de Treinamento das Astúrias na Espanha, que tem como responsável o técnico Francisco Alvarez Dacal, coordenador da área de desenvolvimento e formação de atletas na Espanha.
Nesta pesquisa foram analisados os resultados de jovens atletas brasileiros, espanhóis, franceses, ucranianos, escoceses, ingleses, eslovenos e equatorianos. O objetivo do estudo foi verificar diferentes parâmetros neurais e comportamentais que denotam antecipação em jovens atletas profissionais, e compara-los com atletas iniciantes de nível competitivo na modalidade. Para isso, os professores simularam situações reais que ocorrem nas partidas de Badminton e depois compararam os dados com uma tarefa virtual da modalidade realizada no computador. Isso permitiu comparar desempenhos de antecipação dos atletas profissionais e iniciantes em diferentes condições controladas.
"Os resultados demonstram que jogadores avançados cometem menos erros quando fazem uma antecipação de jogada, se comparados aos iniciantes. Também se verificou que a velocidade de antecipação em atletas avançados é maior que em atletas iniciantes, esses dados são importantes para o Badminton, já que em uma partida a velocidade de reação de um atleta é fundamental para que ele esteja em uma situação de ataque ou de defesa, esses dados mostram a importância em se trabalhar a velocidade de reação nos atletas de Badminton", explica Anderson Andres.
A hipótese é que atletas de alto nível utilizem outros recursos neurais e de aprendizagem motora para as antecipações dentro da partida de Badminton, quando comparados a atletas iniciantes. Nesse contexto, a modalidade de Badminton está classificada dentro dos esportes de raquete como a mais rápida existente. "A peteca, quando rebatida, pode ultrapassar os 400Km/h. Como é um esporte muito dinâmico, faz com que o jogador tenha frações de segundos para tomar decisões, ocorrendo assim, um ponto determinante entre a resposta assertiva ou a falha", salientam os professores no estudo.
O professor Anderson Andres, que é técnico da Associação Meio Oeste de Badminton e Técnico Nível II Internacional da BWF, trabalha com a modalidade de Badminton na Coordenadoria de Esportes de Joaçaba. O professor Diego de Carvalho é Doutor em Fisiologia pela Universidade de São Paulo e atualmente é professor do Mestrado em Biociências da Saúde e de cursos de Graduação da Universidade do Oeste de Santa Catarina.
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