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Agricultura

Queda de preços massacra a suinocultura catarinense

Publicado em 11/04/2016 ás14:30

Imagem ilustrativa/Internet

Foto: Imagem ilustrativa/Internet

A semana começou com uma péssima notícia para os produtores de suínos de Santa Catarina com a queda de R$ 0,10 no valor pago pelo quilo do animal vivo. A partir de hoje a Aurora remunera R$ 2,80 pelo quilo do suíno, enquanto a Pamplona, BRF e JBS passam a praticar o valor de R$ 2,70.

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS) Losivanio Luiz de Lorenzi, afirma que a baixa de preços é uma vergonha, visto os prejuízos já enfrentados pelos produtores catarinenses. “Com o custo de produção passando dos R$ 4,00, a gente não vê mais alternativa a não ser o massacre de um setor tão importante da economia”.

Além da queda do preço do quilo do suíno, o valor dos insumos continua em alta, sendo que a saca do milho é comercializada em Santa Catarina por R$ 52,00 a 56,00 e a tonelada da soja é vendida a R$ 1.450,00. “Esses fatores trazem desespero no campo. Têm produtores que não conseguem mais adquirir o trato para o animal e já não sabem mais o que fazer. Há regiões onde os produtores falam em colocar abortivos para que as fêmeas não produzam mais leitões. Há também muitos frigoríficos que não recebem mais os animais porque o mercado está muito complicado”, relata Losivanio.

Durante audiência em Brasília na semana passada, a Ministra da Agricultura, Kátia Abreu, confirmou uma cota extra de milho para Santa Catarina e também a liberação de financiamento para a retenção de matrizes. “Quem vai buscar financiamento para retenção de matrizes neste momento em que o plantel do produtor já está praticamente comprometido para as dívidas? Será que existe produtor que ainda vai acreditar nesta atividade?”, questiona Losivanio.

Na análise do presidente da ACCS a única alternativa para tentar reverter o atual cenário de “quebradeira” será o debate entre o governo e as agroindústrias para discutir alternativas em conjunto. Losivanio avalia que os produtores independentes do Estado encolheram nos últimos anos de crise, enquanto a indústria e o cooperativismo cresceram na produção de suínos, mas sem garantias.

Conforme Losivanio, a indústria se mantém na atividade porque consegue comprar milho importado mais barato do que o ofertado no mercado interno. Um dos fatores é que os pequenos produtores não conseguem comprar insumos fora do país com isenção de PIS/Cofins. “Pedimos a isenção do tributo justamente para dar um fôlego aos produtores independentes para que eles possam comprar a saca do milho por R$ 7,00 e R$ 10,00 mais barata”.

Crise política e econômica

Muito além da crise na suinocultura, o país vive um dos piores momentos de fragilidade política e econômica. Para Losivanio, se a atual conjuntura permanecer, restará aos criadores de suínos apenas reduzir drasticamente a produção. “A economia não vai se ajustar enquanto a área política permanecer como está. Peço a todos os produtores e agroindústrias para que sejamos novamente parceiros para encontrar uma solução em conjunto”.

Fonte: Tiago Rafael/ACCS

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