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Publicado em 23/08/2017 ás09:00
Nesta sexta-feira, dia 25, um dos presentes de aniversário de Joaçaba será o lançamento do Livro “Claro Gustavo Jansson, o fotógrafo do Contestado. A solenidade está confirmada para as 16h na sala térrea do teatro Alfredo Sigwalt, com a presença de autoridades e aberta ao público.
O evento também será a abertura oficial da exposição de fotos, que vai até dia 12 de setembro. São fotografias do imigrante sueco Claro Gustavo Jansson, que retratou momentos históricos do país, como a Guerra do Contestado, conflito ocorrido entre 1912 e 1916. São 146 fotos, divididas em 11 temas e selecionadas a partir de um acervo de 2,5 mil imagens cedidas pela filha do fotógrafo, Doroty Jansson, com exclusividade à pesquisadora Rosa Maria Tesser.
A pesquisadora e historiadora explica que Claro foi contratado para fotografar a rotina da empresa norte-americana Lumber, instalada no município de Três Barras, norte do estado. “Assim, de forma isenta, acabou registrando imagens dos dois lados do conflito da Guerra do Contestado. Vivia no acampamento das tropas e nos redutos dos caboclos. Se não fosse ele, a memória visual do conflito seria muito pequena", disse a pesquisadora.
A mostra aborda os seguintes temas: O Contestado: o fotógrafo no front; A Grande Empresa Lumber no Brasil; Lumber em Sengés estado do Paraná; Construção da Estrada de Ferro São Paulo - Rio Grande do Sul; História da Construção da Estrada de Ferro Paranaguá - Curitiba; História da Linha de São Francisco do Sul; A Revolução de 1924; A Revolução de 1930; A Revolução de 1932; União da Vitória x Porto União; e Erva-mate: uma árvore de tradição.
A visitação à exposição fotográfica pode é gratuita em horário comercial, de segunda sexta, no térreo, junto à secretaria de teatro Alfredo Sigwalt, à rua Roberto Trompwsky, centro de Joaçaba.
Sobre a autora do livro
Rosa Maria Tesser é formada em pedagogia com habilitação em administração escolar, pós-graduada em Recursos Humanos pelo INGP - Instituto Nacional de Pós-graduação São Paulo, com especialização em pré-escola pela UNICEF - Secretaria de Educação do Estado de Santa Catarina. Foi professora, atuante na área de Bem Estar Social, Pró-criança e Fucabem. Foi gerente na Fundação Catarinense de Cultura de Florianópolis entre 1999 e 2002, membro do CEC - Conselho Estadual de Cultura, entre 2005 e 2006. Produtora cultural, pesquisadora e historiadora e literária da “Guerra do Contestado”. Nasceu em Irani/SC, Meio-Oeste catarinense. Também são obras suas: “O Espírito Catarinense do Homen do Contestado” e “O Contestado a História que o Brasil não Conhece”.
Sobre Claro Jansson Claro
Gustavo Jansson (foto) nasceu em 5 de Abril de 1877, em Hedemora, província de Dalarma, na Suécia, com o nome de Klas Gustav. Viveu na cidade natal até os 12 anos de idade, mudando-se com a família para Estocolmo. Pouco depois, os Jansson imigraram para o Brasil, onde se dedicaram à agricultura de minifúndio. Em 1893, já com o nome abrasileirado para Claro Gustavo Jansson, o futuro fotógrafo residiu na cidade da Lapa, estado do Paraná, quando ocorreu a Revolução Federalista. Algum tempo depois, já estava em União da Vitória/PR e Porto União/SC, atuando em serrarias e olarias, onde foi capataz de turma na extração da erva-mate no Brasil, Argentina e Paraguai. Durante todo ano de 1912 residiu em Barracon (hoje Bernardo de Irigoyen), retornando a União da Vitória e Porto União na véspera do início da Guerra do Contestado. Depois disso, adquiriu aparelhos fotográficos para se dedicar ao ramo.
Entre suas fotos famosas está a do Coronel Gualberto de Sá Filho junto com a força pública do Paraná, rumo aos campos de Irani, onde morreria em combate. Com a instalação da Lumber - madeireira e colonizadora fundada nos Estados Unidos, subsidiária da empresa construtora da ferrovia São Paulo/Rio Grande e cerne dos conflitos -, Claro foi contratado para fotografar a rotina da empresa, quando acaba registrando imagens da Guerra do Contestado. Muito da memória visual do conflito se deve ao fotógrafo, que teve suas imagens publicadas e seu nome citado. Ele também cobriu as Revoluções de 1924, 1930 e 1932. Jansson faleceu no dia 10 de março de 1954, com 77 anos de idade, sendo sepultado em Curitiba/PR, onde residia a maioria de seus filhos. Pela sua trajetória de vida, também lhe foi auferido o título de "O fotógrafo Viajante".
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