A pesquisa “Auxílio no rastreamento de massas em mamografias digitalizadas utilizando a rede neural convolucional U-NET” desenvolvida pelo diplomado de Engenharia de Computação da Unoesc Chapecó Felipe André Zeiser, conquistou o primeiro lugar no prêmio concedido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento de Científico e Tecnológico (CNPq), Academia Brasileira de Ciências (ABC) e Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O anúncio dos nomes dos premiados foi feito de forma on-line pelo YouTube, na manhã desta quinta-feira (03).

A pesquisa foi orientada pelo Professor Tiago Zonta e disputou a colocação na categoria Bolsista de Iniciação Tecnológica, na qual concorreram bolsistas do CNPq participantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico (PIBITI) e bolsistas de Iniciação Tecnológica e Industrial (ITI), de Universidades de todo o país. A premiação foi composta por sete mil reais em dinheiro, uma bolsa de mestrado/doutorado e ainda, reconhecimento nacional.

— Acredito que o prêmio estimula o desenvolvimento da ciência brasileira valorizando trabalhos de bolsistas de iniciação científica, que são o futuro da pesquisa. Além disso, a pesquisa foi fundamental para eu ser selecionado como bolsista no mestrado e doutorado em Computação Aplicada. Então, para quem busca seguir a área acadêmica e da pesquisa a iniciação científica ou tecnológica são excelentes diferenciais no currículo — comentou Felipe.

— O curso de Engenharia de Computação e a Unoesc estão orgulhosos em ter este trabalho premiado, afinal foram 595 inscritos prêmio. Como orientador do projeto o meu papel foi manter o Felipe focado fomentando sua motivação em busca do que almejava, o restante fez parte do contexto tanto do perfil quanto da leitura das oportunidades que ele veio visualizando. Esse é o processo de pesquisa, se avaliarmos o histórico de acadêmicos pesquisadores, dificilmente veremos algum que não tenha sido ou esteja bem-sucedido — afirmou o orientando, professor Tiago Zonta.

A pesquisa desenvolvida pelo diplomado tem como objetivo melhorar a qualidade do diagnóstico do câncer de mama em mamografias digitalizadas utilizando inteligência artificial. A metodologia consiste na identificação de regiões com presença de massas (resumidamente, regiões de maior densidade) nas mamografias utilizando técnicas de pré-processamento de imagens e redes neurais convolucionais, reduzindo a possibilidade destas alterações passarem despercebidas no diagnóstico tradicional. Para Felipe, o prêmio é uma demonstração de que a pesquisa está no caminho certo e que um dia ela poderá contribuir para a sociedade.

— A Unoesc permitiu iniciar o desenvolvimento da pesquisa em Portugal com o auxílio do Programa Ibero-americanas do Santander. Além disso, o apoio do corpo docente e do meu orientador, o professor Tiago Zonta, foi fundamental para o direcionamento da pesquisa e aperfeiçoamento do trabalho. Posso citar também o investimento da Unoesc para a aquisição de uma parte do equipamento necessário para o treinamento e testes dos algoritmos de inteligência artificial — comentou.

O coordenador Geral de Pesquisa, Pós-graduação, Extensão e Inovação da Unoesc, professor Jovani Steffani parabenizou o diplomado pela conquista e comentou sobre o compromisso da universidade, por meio da pesquisa, promover soluções visando contribuir efetivamente com o desenvolvimento regional e nacional sustentável, proporcionando segurança e qualidade de vida  às pessoas e à sociedade em que está inserida.

— O diferencial para quem decide estudar na Unoesc é que a pesquisa, a inovação e a extensão fazem parte do processo de ensino. Isso diferencia a nossa universidade de todas as outras instituições de ensino e confere destaque aos profissionais que formamos, facilitando a sua inserção no mercado de trabalho e no desenvolvimento da carreira profissional, essa premiação de altíssimo gabarito é a materialização dos resultados do nosso processo de ensino   — afirmou Jovani.