Com a aproximação da primavera no Hemisfério Sul, os próximos meses (setembro, outubro e novembro) trazem consigo mudanças significativas no clima de Santa Catarina. A Secretaria da Proteção e Defesa Civil do Estado, chama atenção para a ocorrência de chuvas mais frequentes, além da possibilidade de temporais e ventos fortes, comuns nessa época do ano. As informações meteorológicas indicam que, apesar de estarmos em uma fase de neutralidade climática, a expectativa é que o fenômeno La Niña se desenvolva entre a primavera e o início do verão, com fraca intensidade.

A primavera é conhecida pelo aumento nos volumes de chuva em comparação ao inverno. De acordo com a central de monitoramento da Defesa Civil, durante o mês de setembro, espera-se que as precipitações variem entre 150 e 250 mm em grande parte do estado, com exceção de áreas do Litoral Sul e Grande Florianópolis, onde os volumes devem ser mais baixos, entre 100 e 150 mm.

O meteorologista Felipe Theodorovitz, explica que, em outubro as chuvas aumentam ainda mais, com acumulados entre 200 e 250 mm no Grande Oeste, Planalto Sul, Alto Vale do Itajaí e Litoral Sul. Já  novembro, a distribuição das chuvas se torna mais irregular, com volumes que podem variar de 140 a 170 mm no Grande Oeste e entre 110 e 140 mm nas demais regiões.

Além disso, temporais típicos de primavera são esperados, especialmente no final das tardes e início das noites. Esses eventos podem provocar ventos fortes, queda de granizo, alagamentos e enxurradas em áreas vulneráveis.

Mesmo com a tendência de aumento gradual das temperaturas, a entrada de massas de ar frio ainda é comum no início da primavera, especialmente em setembro. Essas massas de ar podem trazer quedas significativas nas temperaturas, favorecendo a formação de geadas e a ocorrência de dias com grande amplitude térmica – frio pela manhã e temperaturas mais amenas à tarde.

Histórico de Ocorrências

De acordo com o Plano Estadual de Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina (PPDC-SC), o período de setembro a novembro é marcado por um aumento nas ocorrências de desastres naturais, como enxurradas, inundações, vendavais e queda de granizo. O mês de setembro é particularmente crítico, sendo o segundo com maior número de ocorrências, perdendo apenas para janeiro. Este é o mês com o maior número de registros de vendavais e inundações, além de um número significativo de ocorrências de granizo e enxurradas.