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Polícia

Ossada humana é encontrada na casa de investigado por crimes no setor funerário

Publicado em 28/11/2024 ás14:30

MPSC/Divulgação

Foto: MPSC/Divulgação

Durante a Operação Cortejo, encerrada na manhã desta quinta-feira (28), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) cumpriu dois mandados de prisão preventiva, 14 de busca e apreensão e realizou duas prisões em flagrante delito. A ação investiga crimes contra a ordem econômica, extorsão e organização criminosa relacionados ao mercado funerário em Chapecó.

As prisões em flagrante ocorreram durante o cumprimento dos mandados. Um empresário foi detido por porte ilegal de armas, incluindo uma espingarda com silenciador — de uso restrito — e um revólver com munições. O outro empresário foi preso após a descoberta de restos mortais humanos escondidos no forro do teto de sua residência. A origem dos ossos será investigada.

A operação começou na tarde de quarta-feira (27), com o cumprimento das ordens de prisão preventiva de dois empresários do ramo funerário. Nesta quinta-feira (28), as equipes realizaram buscas em residências e sedes de empresas nos municípios de Chapecó e Nova Erechim, conforme ordens judiciais expedidas pela 2ª Vara Criminal e pela Vara Regional de Garantias da Comarca de Chapecó.

A operação tem o objetivo de apurar a ocorrência de crimes contra a ordem econômica, em razão da possível formação de aliança entre empresários visando o controle regionalizado do setor de atendimento funerário, extorsão mediante o uso de armas de fogo e em concurso de agentes, porte ilegal de arma de fogo e organização criminosa.   

As investigações apontam que empresários do setor estariam utilizando ameaças e violência armada para impedir a entrada de novos concorrentes, além de manipular preços por meio de monopólios e práticas anticompetitivas.

O nome da operação, Cortejo, faz alusão à simbologia do serviço funerário e reflete a necessidade de garantir dignidade e respeito em um setor essencial. O objetivo é assegurar um mercado ético, que ofereça serviços de qualidade e respeite os princípios da livre concorrência, protegendo famílias enlutadas de práticas abusivas e exploração econômica.

A investigação, que tramita em sigilo, conta com o apoio da Polícia Científica de Santa Catarina e segue com diligências para elucidar os fatos e responsabilizar os envolvidos.

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