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Carnaval

Liesjho e representantes das escolas participam de Feira do Carnaval no Rio

Publicado em 04/08/2014 ás13:30

Marcando presença no Carnavalia

Foto: Marcando presença no Carnavalia

Integrantes da diretoria da Liga Independente das Escolas de Samba de Joaçaba e Herval d´Oeste (LIESJHO), representantes das agremiações Aliança, Unidos do Herval, Vale Samba e Acadêmicos do Grande Vale e da prefeitura de Joaçaba estiveram participando no Rio de Janeiro da I Carnavalia / Sambacon (Feira de Empreendedorismo e Negócios do Carnaval Brasileiro e Encontro Nacional do Samba).

O objetivo da viagem foi à troca de ideias com Ligas de outras regiões do país entre elas a capital mundial do desfile de escolas de samba – Rio de Janeiro (Liesa/Lierj). Ligas e presidentes de blocos de São Paulo, interior carioca, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Recife, Vitória e de municípios de Minas Gerais estiveram presentes no evento. Na oportunidade, foi discutida intensamente a proposta de uma política pública voltada ao carnaval com entendimento da dimensão que essa cultura possui incluindo o fomento do turismo, das artes, do comércio, da geração de emprego e renda, e em especial, de uma identidade nacional.

Felipe Campelo, sub-secretário de turismo do Rio de Janeiro, repassou que em 2014 a cidade recebeu 918 mil turistas que deixaram R$ 1,5 bilhão, sem incluir ganhos com a área de aviação. “Se pensarmos que isso foi em cinco dias e que a Copa faturou R$ 4,4 bilhão em 40 dias, nós queremos carnaval o tempo todo. O carnaval é sem dúvida o nosso maior atrativo cultural e o mais rentável”, destacou ele. Sérgio de Giacometti, presidente da Liesjho, ressaltou que durante as explanações foi possível perceber que os problemas enfrentados na capital mundial do samba, se observadas às devidas proporções, são semelhantes aos do meio-oeste catarinense e em todas as cidades que desenvolvem essa arte e relataram ao evento. “O problema maior é mesmo; não existir uma política pública voltada ao maior evento cultural do país. Nesse sentido existe, por exemplo, a demora na liberação dos valores financeiros para o evento, a problemática na contratação de funcionários para as instituições escolas de samba, a questão da infra-estrutura das avenidas e o quase inexistente aporte para a geração de projetos que visem o futuro do desfile de escolas de samba”, afirmou ele citando depoimentos de presidentes de ligas de todo o Brasil. O presidente da Liga do Desfile de Escolas de Samba de Uberlândia – MG citou que os repasses do governo foram disponibilizados apenas três dias antes do desfile, o que inviabiliza as escolas a promoverem um grande carnaval. Este depoimento foi corroborado pelos demais representantes de Ligas e Agremiações presentes.

Giacometti fez questão de frisar que ficou evidente que a forma utilizada pela Liesjho na prestação de contas tanto ao governo federal como estadual e municipal está avançada em relação ao processo como um todo. “Questões discutidas há anos atrás aqui foram levantadas em plenário. Notamos que nesse quesito, assim como fomos exemplo para o estado, temos muito que colaborar a todo o Brasil. A questão das organizações serem responsáveis pelo setor de contabilidade, dessa verba ser destinada a instituição e não às escolas e das discriminações dos materiais utilizados. Inclusive a contratação de pessoal através do Microempreendedor Individual (MEI) – tópico em aberto lá – já é executado aqui”, reforçou.

Para Hermes Bersaghi, presidente da Vale Samba, o encontro foi fantástico porque proporcionou conhecimento, interação e nos colocou no cenário nacional. Bersaghi e os demais representantes de agremiações como Jorge Zamoner pela Acadêmicos do Grande Vale, Júnior de Sá pela Aliança e Zezzo Henzze pela Unidos do Herval aproveitaram também para conhecer novos materiais usados no carnaval na confecção de fantasias e carros alegóricos. Destaque para inovações no sistema de iluminação, esculturas, instrumentos musicais e tecidos.

Entre os painéis o que teve a participação de Luís Carlos Prestes Filho, especialista em Economia da Cultura e autor do livro Cadeira Produtiva da Economia do Carnaval, foi um dos mais procurados. Luíz Carlos falou que a mídia precisa mostrar ao público que o carnaval não são 5 dias e sim 365 dias /ano.  Que existem projetos sociais, culturais e esportivos mantidos pelas agremiações, que pessoas anônimas dependem diretamente dessa festa e que é preciso pensar nas instituições fortalecidas. “O carnaval deve ser visto pelas autoridades e pelas comunidades que o possuem como uma indústria estruturante”, afirmou ele citando que cada cidade deve observar o que possui como atrativo e verificar como a festa de momo se encaixa no turístico.

Ficou claro durante os debates o ganho em mídia para as cidades, como o carnaval ultrapassa fronteiras sejam regionais, estaduais, nacionais e até internacionais – essa nem sempre calculada. O ganho para os ramos hoteleiro, restaurantes, bares e similares além do transporte são os mais imediatos. No Rio de Janeiro a taxa de ocupação dos hotéis em 2014 chegou a 78%. Em Joaçaba, por exemplo, a taxa desse ano, segundo pesquisa da Fecomércio, alcançou os 76,7%. A hospedagem alternativa foi citada com grande crescimento, isto devido ao valor mais em conta para o turista e até mesmo a questão familiar e amizades. Muitos turistas acabam optando por ficar em apartamentos e casas particulares devido a maior liberdade, custo mais baixo e a opção de ter a companhia de pessoas conhecidas.

Novas ideias

Os participantes do evento, em especial os integrantes da Liesjho, presidente Sérgio de Giacometti, vice-presidente Júnior de Sá e o coordenador técnico e de julgamentos César Junqueira destacaram que voltaram do evento com no mínimo três importantes ações para serem discutidas em reunião de diretoria que buscam beneficiar o desfile de escolas de samba, o carnaval de blocos (CarnaBlocos) e também a comunidade durante os cinco dias de folia. “Estamos com algumas sugestões para apresentar aos membros da diretoria da Liesjho para que sejam analisadas e colocadas em votação. Uma se refere a mudanças no que diz respeito aos desfiles de sábado e segunda, uma visa à continuidade do evento a longo prazo e uma terceira tende ao aperfeiçoamento técnico. Assim que aprovadas estaremos divulgando para a comunidade”, destacaram.

Julgamento 2015/Transparência

A diretoria da Liesjho e representantes de todas as agremiações envolvidas no desflie de escolas de samba de Joaçaba estiveram reunidos durante a tarde de quinta-feira, dia 31 de julho, com o coordenador dos jurados 2014 Riec Barcellos. Todos puderam questionar Riec sobre a avaliação desse ano, propor sugestões para 2015 e retirar dúvidas quanto à forma de julgamento. O encontro teve como objetivo também reforçar a transparência do processo já que Riec conheceu integrantes das quatro agremiações participantes. Na oportunidade Riec reforçou o comprometimento com o evento e que a apuração é sempre técnica dentro do que tange o regulamento da Liesjho. “Entendo até algumas criticas porque elas são emocionais e visuais em determinados locais, porém o julgamento é técnico e segue as regras determinadas anteriormente”, afirmou ele se colocando a disposição para qualquer outra dúvida que existir ao longo do processo até o evento do próximo ano. “Esse encontro é para avaliarmos 2014 e decidirmos ações para 2015 com total transparência”, evidenciou César Junqueira coordenador técnico e de julgamentos da Liesjho e que conduziu o encontro.

Capital nacional do samba

Buscando conhecer um pouco mais da cultura do desfile de escolas de samba na sua capital nacional que é o Rio de Janeiro integrantes da Liesjho e das escolas Aliança, Unidos do Herval, Vale Samba e Acadêmicos do Grande Vale puderam conhecer as dependências da Escola de Samba Salgueiro. Além de observar a estrutura da quadra da agremiação foi possível verificar in loco eliminatórias do samba 2015 que deve embalar a vermelho e branco na Sapucaí, a integração da comunidade, a questão do envolvimento das alas em especial baianas e sambistas, bem como casais de mestre-sala e porta bandeira. “Um grande aprendizado. Não podemos pegar o que observamos aqui no Rio e implantar lá em Joaçaba, são culturas diferentes, mas podemos aperfeiçoar a nossa realidade. Destaque muito especial para a participação da velha guarda e das baianas da escola, também do respeito que as pessoas possuem para com a sua história viva e mais, o tratamento e recepção especial à representantes de escolas de samba de outras regiões do Brasil quando visitam o barracão de uma agremiação carioca”, comentou Giacometti.

Fonte: N´Ativa Comunicação Integrada

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