Finalizando o processo de implantação da Unidade de Pronto Atendimento 24h (UPA 24h) de Herval d’ Oeste, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, departamento que gere a nova unidade, realizou um trabalho de integração entre secretarias de Saúde e municípios que serão atendidos UPA 24h.

A reunião aconteceu na tarde da terça-feira (16) no auditório da Secretaria de Saúde, e tratou sobre os atendimentos de urgência e emergência do Meio Oeste que integrando a Central de Regulação dos atendimentos. “A maioria dos municípios já confirmaram a adesão ao serviço e já aprovaram leis das Câmaras de Vereadores. Acredito que até o fim deste mês já possamos contar com os repasses de valores e até o fim de outubro com o comprometimento de todas as prefeituras”, avalia Nelson Guindani. Conforme o prefeito, até agora, com a adesão de cerca de sete municípios, a UPA 24h alcançou cerca de R$ 80 mil em recursos dos municípios, e contará ainda com recursos do Estado e do Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde.

Conforme a diretora administrativa da Secretaria de Saúde de Herval d’ Oeste, Eugenia Bucco, setor que gere os recursos da UPA 24h, a unidade será inaugurada no dia 29 de setembro às 19h. “Antes de iniciarmos os atendimentos, precisamos do envolvimento dos prefeitos, secretários de saúde, HUST, Secretaria de Estado, SAMU e Corpo Bombeiros para consolidar a rede urgência e emergência do Meio Oeste. Essa rede já existe e a UPA 24h é mais um equipamento a ser inserido. Por isso é necessário que todos tenham conhecimento do seu funcionamento e a quem compete o atendimento de cada caso”, explicou.

Agora, a Prefeitura de Herval d’ Oeste está nos ajustes finais para a abertura da UPA 24h, no entanto, está enfrentando dificuldades com as licitações de equipamentos. “O processo é extremamente burocrático. Já chegamos a realizar três licitações em alguns equipamentos, em outras, aguardamos recursos de empresas. Mas acreditamos que até o dia 25, todos os equipamentos já estejam entregues e instalados”, explicou o prefeito. “Em caso de demora na entrega, iremos prorrogar o atendimento da especialidade médica”.

A área externa da UPA 24h está sendo concluída pela empresa responsável pela obra, Andrade Construções. O estacionamento e as identificações visuais também estão sendo finalizados.

Papel e atendimento

Para a diretora de planejamento, controle e avaliação da Secretaria de Estado da Saúde, Karen Geller Leopoldo, o novo serviço disponibilizado para os municípios do Meio Oeste e aprovado pelo Ministério da Saúde, é o primeiro com perfil regional de atendimento. “O papel da UPA 24h é de fato promover o atendimento de urgência e emergência, desafogando o HUST, que terá capacidade de se qualificar naquilo que de fato é prerrogativa dele, em pacientes poli traumatizado, de grande emergências e internações”, explicou. “Cerca de 80% dos atendimentos realizados pelo hospital não são graves, e buscando dados de outros municípios, vemos a mesma realidade”.

“A UPA 24h é uma nova porta de atendimento, que não irá concorrer com o hospital, muito menos com as Unidades Básicas de Saúde (UBS). É preciso ajustar o fluxo de atendimentos e encaminhamentos. Os atendimentos do HUST, UBS e UPA são distintos e são essenciais”, salienta Karen.

Karen adianta que na política de urgência emergência, o Estado custeia o SAMU, que fará o transporte dos casos de internação ao HUST e existem regras estabelecidas. Ainda não está em discussão o financiamento das UPAS, com recursos estaduais. “Em Santa Catarina, os municípios assumem as UBS e o estado assume papel das unidades avançadas e centrais de regulação, embora seja pleiteado por Herval d’ Oeste, acredito que o repasse só seja discutido no próximo ano”.

Já para o diretor do HUST, Adgar Bittencourt, a UPA 24h é uma nova alternativa, que ajudará o hospital a fazer de fato seu papel e aperfeiçoar sua função. “Somos um ponto de apoio e suporte aos casos graves, que passarem pela UPA, teremos posições de atendimento e critérios. A abertura da UPA irá desafogar nossa emergência mas, continuaremos atendendo da mesma forma até o fim do ano”, enfatizou. Adgar disse que os municípios possuem convênios com o HUST, com outras finalidades e poderão decidir até o fim do ano se mantem ou não os repasses.