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Polícia

Vigia da Prefeitura mentiu sobre sequestro para justificar “escapadinha”

Publicado em 04/05/2015 ás17:15

Polícia Civil/Divulgação

Foto: Polícia Civil/Divulgação

A Polícia Civil de Catanduvas, através do SIC (Setor de Investigação Criminal), descobriu que o vigia da Prefeitura mentiu ao comunicar sequestro seguido de roubo no último dia 22 de abril. Na ocasião, ele informou que foi rendido por três elementos encapuzados e armados quando chegou ao trabalho, por volta das 23h. Relatou ainda que os criminosos vendaram seus olhos e o colocaram no banco traseiro do próprio veículo, circulando boa parte da noite, sendo libertado por volta das 05h10 da manhã a cerca de um quilometro de sua casa.

De acordo com o delegado Bruno Boaventura, a polícia deu prioridade máxima ao caso, especialmente no sentido de se apurar a autoria, pois, um crime com tamanha gravidade poderia provocar clima de insegurança generalizado na cidade, caso não fosse resolvido.

“Acontece que no decorrer dos trabalhos investigativos, os policiais começaram a desconfiar da veracidade da versão apresentada pela suposta vítima, ocasião em que decidiram mudar a linha da investigação. Nesse sentido, descobriram que João Valmor Moreira Leite inventou a história para encobrir uma “escapada” durante o seu turno de trabalho na madrugada do dia 23 de abril”, informou o delegado.

Conforme o Relatório de Investigação elaborado pelos policiais Nírio e Renato, o servidor teria se deslocado em seu veículo na companhia de uma adolescente até a cidade de Videira, sendo que durante o trajeto teve problemas mecânicos no Fiat Uno, interrompendo a viagem ainda em Tangará, local em que o veículo foi encontrado. 

“Diante do contratempo e, possivelmente, querendo justificar a “saidinha” na madrugada, ele decidiu comunicar falsamente um crime à Polícia Militar de Catanduvas, mobilizando grande efetivo na tentativa de localizar os supostos ladrões, conduta prevista como crime no art. 340 do Código Penal, com pena prevista de 06 meses detenção e multa”, explicou Boaventura ao comentar que a atitude não se trata de um caso isolado em nossa região, quando cidadãos acionam a força pública para se furtar da aplicação da lei ou, em muitos casos, justificar erros de âmbito privado. “A Polícia Civil está atenta a tais práticas”, alertou o delegado.

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